A invenção do compliance como conceito moderno remonta às últimas décadas do século XX, quando as empresas começaram a enfrentar uma crescente necessidade de alinhar suas operações às normas legais e éticas. Com o aumento da globalização e a expansão dos mercados, ficou evidente que as organizações precisavam de mecanismos internos para garantir que suas atividades estivessem em conformidade com as regulamentações locais e internacionais. Foi nesse contexto que o compliance surgiu como uma disciplina formal, integrando processos, políticas e sistemas para monitorar e mitigar riscos legais, financeiros e reputacionais. A ideia central era criar uma cultura organizacional que priorizasse a transparência e a responsabilidade, protegendo tanto as empresas quanto seus stakeholders. O desenvolvimento do compliance também foi impulsionado por escândalos corporativos de grande impacto, como os casos de fraude e corrupção que ganharam destaque na mídia internacional. Esses eventos evidenciaram a necessidade de estruturas robustas para prevenir comportamentos inadequados e garantir a integridade das operações. Ao longo do tempo, o compliance evoluiu de um simples conjunto de regras para um pilar estratégico nas organizações, abrangendo áreas como combate à lavagem de dinheiro, proteção de dados, segurança cibernética e responsabilidade social. Hoje, o compliance é visto não apenas como uma obrigação legal, mas como um diferencial competitivo que fortalece a confiança dos clientes, investidores e parceiros no mercado.